Com as investigações sobre o ataque a creche de Blumenau em andamento, o delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, fez questão de ressaltar que o autor do assassinato não deve sair impune. A possibilidade começou a circular pelas redes sociais depois da Polícia Civil afirmar que o criminoso estava em “surto paranoico” no momento em que matou as quatro crianças e feriu outras quatro, na última quarta-feira (5).
— É bom a população entender que nada isenta a responsabilidade dele. Muitas pessoas acham que isso [um surto] justificaria qualquer ato, mas não justifica e não isentaria — reforçou.
Especialistas ouvidos pelo Santa explicaram que dificilmente o homem será considerado inimputável — ou seja, quando o acusado não tem consciência do que faz. O defensor público Arthur de Albuquerque acrescenta que, mesmo que o laudo de sanidade mental ateste que o autor é "louco", isso não significa que ele deixará de enfrentar as consequências.
— Ele seria punido de forma diferente, [ficaria] em um hospital de custódia. Não existe isso de sair imune — detalhou.
Ainda não há um processo judicial contra o autor do ataque, já que a Polícia Civil trabalha no inquérito para identificar motivação e outros detalhes. Alguns laudos são aguardados também, como o exame toxicológico, que deve indicar se o criminoso estava sob efeito de drogas no momento do crime.
Depois, com o documento sendo remetido ao Judiciário, a Justiça define a realização do julgamento e, só então, será descoberto o tamanho da pena — e como ela deve ser cumprida. Preso preventivamente, o morador de Blumenau deve aguardar todo esse andamento processual atrás das grades.